domingo, novembro 22

Pena minha…



O dia está cansado, de queixo caído e luz baixa!
O escuro vai apoderando-se do claro e um frio arrepiante se entranha em mim. O meu sangue quente choca com algo forte e sozinha tento encontrar respostas para tal, sinto vingança a entrar-me nas veias. Uma brisa estranha começa a rodear-me e sem qualquer entendimento com a minha mente deixo-me cair sobre a pedra gelada, levantando a cabeça para o céu, repito com palavras calmas, demoradas e aveludadas “o ciúme invadiu-me a mente”.

Olho o relógio e as horas estão longas, sinto o ponteiro esgotado reclamando com o tempo. Seguro um bilhete com o teu nome, o meu telemóvel espera-o… e nada! Seguro o bilhete cor-de-rosa com o teu nome, seguro-o impetuosamente, seguro-o tão forte que chego a sentir a tua mão abraçando a minha, tenho medo que o teu nome se escape do bilhete por entre os dedos. E este bilhete não e meu, não e teu, não é de nenhum de nós mas antes fosse meu…queria eu! Ele é como tu, livre, independente. 




Invade-me a alma este sentimento fraco e desgostoso, este sentimento seco e mal parecido, vergonhoso e indecente. Sinto-me desfalecida, este sentimento que detesto faz-me sentir ambígua, vacilante, receosa… deixa-me extasiada, dormente…! Entorpecida me sinto, descanso!

sábado, novembro 14

invasão angustiante

Será que gostas? Não sei... ou melhor, sei-o vagamente.
Nem sei! Sinto-me como se a ser questionada sobre se quero ou não, se sonho ou não, se gosto ou não, sinto-me como se a questão fosse queres uma entrada, uma saída dos teus problemas? Mas eu sei que isso é uma buraco, uma porta, uma fenda, um entrave no meu caminho, é mais um problema porque e' uma entrada/saída para lado nenhum.
Os pés descalços sobre a pedra fria, rugosa, o olhar ténue, a lágrima caía cada vez mais forte no meu rosto, parecia pedra gélida caindo sobre a minha pele suave. Rendia-me agora ao sofrimento que me perturba, sozinha.
Dou por mim a pensar em ti, dou por mim a ler o meu relógio mais de mil vezes ao dia, dou por mim a perder-me no tempo...não passa! O tempo parou, ou se não parou está tão lento e preguiçoso hoje, estará cansado?! Não sei. Será ilusão?!
Percorre-me o peito uma brisa gélida, um sufoco me rouba a voz e me prende a respiração e os olhos realçam-se, um cansaço se apodera de mim e deitada sobre a almofada recordo estados de espírito, momentos, aumento a porção de saudade.

Apetece-me aqui, deitada sobre estes lençóis adormecer. Apetece-me perder-me num sono profundo banhado em sonhos, em pensamentos fortes, ou em momentos nossos ou então cair num sono profundo em que o esquecimento se apodere da minha memoria e todo este sofrimento se vai, mas hoje não consigo sequer fechar os olhos, hoje não, e mais forte do que eu e não sai, não sai da cabeça cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo, cada momento, sei lá. Apetece-me que quando acordar tudo esteja normal e que o meu telemóvel mostre o teu nome no fundo para que um sorriso me invada o rosto, só tu consegues isto com um esforço mínimo. Apetece-me ter-te aqui!
É gostar.
É ter uma mão cheia de nada...outra de coisa nenhuma… mesmo assim...sou eu nua de preconceitos, sou eu dona do meu corpo, das minhas decisões, somos nós, eu e tu, donos da nossa felicidade...

sexta-feira, novembro 13

...

Tenho uma pergunta a fazer, mas não sei bem...

Cheirava tanto a ti hoje! Impetuosamente me questionei.
Ainda dentro, olho a janela para verificar o que ouço. Chove lá fora! Em breve vou encara-la. Trava e logo em seguida sinto-o parar! Olho a porta e esta abre-se para mim, encaro as três escadas delicadamente, confiante e firme, piso o duro chão que me olhava amargurado e por momentos pareceu fácil mas foi só uma primeira impressão pois quando o meu olhar percorre todo o percurso noto-o difícil, austero, maldito. Preciso de refrescar as ideias e prefiro seguir enfrentando aquela rua que só de olhar me tira o folgo, preciso encara-la de mãos livres, nua de obstáculos. Preciso de pensar, progredir. Preciso, precisas, precisamos repensar as nossas prioridades.

Simplesmente gostava de  saber para onde corre o vento? Sera que o mar esta calmo? Sera que consigo ver o meu reflexo? Para onde corre o vento?!

quinta-feira, novembro 12

Sei la.



Eram meramente as afáveis dez para as três…
O teu corpo junto ao meu, conseguia ate sentir o bater forte e cansado do teu coração.
Olhamo-nos, por instantes apeteceu-me dizer tudo e não conseguia dizer nada, era como se as palavras não se soltassem no ar, como se fugissem de mim e como se nada houvesse para ser dito, perdemo-nos num beijo sincero, doce, autêntico e puro, simplesmente meu, teu, talvez nosso. O teu toque macio e delicado percorria calmamente cada linha, cada traço do meu rosto, corria-me o corpo impetuosamente desejando afundar-se na oportunidade. Desciam-me o rosto, tuas mãos, ansiando o peito causando um arrepio superficial que fortemente me invadiu a alma, perdemo-nos num abraço forte e merecido. O jogo de sedução invadiu-nos o corpo deixando o louco e arrebatado desejo à flor da pele. Continuamente ansiavas descobrir cada perfeição e imperfeição do meu corpo e acariciando-me a pele suave o ias conquistando. Perdemo-nos neste jogo de resistência, loucura, sedução, prazer e amor e bruscamente os meus olhos cederam ao cansaço passadas duas horas, recostando num sono profundo e delicado, jeito de criança, sobre o teu peito. Carinhosamente me abraçaste e ambos guardamos a nossa felicidade connosco não pensando nos problemas ou no amanha mas reconhecendo que a vida e feita de momentos felizes como este mas não só…!
Harmonioso ambiente, aqui, agora escrevendo para aconchego da alma e também vitimando meu coração deste jeito sádico, cruel, bárbaro, retrato um momento feliz de… debruçando-me sobre o papel a caneta cai sobre a mesa e num suspiro meu rosto, minha alma, minha fraqueza, satisfação e insatisfação se entregam num repouso intenso, adormecendo.

domingo, novembro 1

PARA UM SEGUNDO, entrega-te... ainda te custa a perceber que somos de ambos?!