quarta-feira, fevereiro 25

deixaste-me...!!

deixaste-me sozinha nestas quatro paredes frias e sem cor, nua, despida de toda a alegria que se encontrava em mim. onde esta aquela magia que nos envolvia? onde? eu não a consigo sentir, não a vejo.consegues senti-la?
ainda brilhas como da primeira vez,isso sim!e eu? eu em ti... brilhei?alguma vez brilhei?
desprezas-me, não me das valor, não me queres contigo,mas...porque não me dizes isto?!será que tenho razão?porque ainda me olhas?

recorda...aquele dia de chuva em que chegaste e sem eu dar por isso arrastas-te para dentro de mim. os olhares dos outros não te incomodavam...!mas só uma vez, uma vez...as outras, tudo era incomodo,tudo era errado, tudo era para ocultar.sentia-me usada e sem margem onde apartar! " as palavras têm o significado que eu quero que elas tenham", o valor que eu lhes dou e lhes impinjo de tal forma rude que não é esquecido.

sentada nesta rocha dura e insegura imagino como poderia ter sido diferente, como seria tão melhor.
gosto de ti! sou contigo como uma criança e' com um brinquedo, quero-te só para mim, quero que estejas aqui quando eu estiver triste e me animes enquanto me perco num abraço, quero-te aqui quando eu estiver bem mas precise de brincar e tenho ciumes... tenho ciumes quando te pegam,quando caiu na realidade e sei que tenho que te partilhar...mas, sorrio tanto na volta, na hora da entrega! a magia na alegria de uma criança, sinto tanto a falta de ser de novo uma criança, de apartar no mundo do encantado, de ser princesa sem palácio, bailarina sem tu-tu...!não quero principies de cavalo branco, só te quero a ti!

tudo são castelos de areia que construímos com toda a perfeição...um pequeno descuido e tudo se destrói, em pequeninos segundos sem ninguém dar conta! ninguém viu!

dor(...)

olho nos teus olhos e perco-me...brilhas...o som da tua voz envolve-me!
por entre o sono invoco o teu nome como se nem houvesse amanha.A tua ausência doí, magoa de verdade, e eu nem sei o que dizer. és tanto de mim!
Desculpa se nao sou o que imaginas ou desejas, mas eu gosto de ti como tu es, nao te julgo nem dou valor às futilidades. És assim, e se assim não fosses não eras o que amo e desejo todos os dias! olho o meu reflexo no espelho que partido pela dor de cada lembrança me imite o sentimento de revolta,traduz o meu sentimento de dor profunda! e eu amo-te!amo-te digam o que disserem,pensem o que pensarem eu amo-te de verdade.
Procuro-te por entre aquela estrada molhada e escura que me aterroriza de verdade,morro de medo! continuo a procurar, és demasiado importante para eu te perder e luto com toda a minha força contra o medo. mas ta tão escuro, cada vez mais...o frio já se acumudou em mim. cada lágrima gela no meu rosto, cai sobre o meu lábio escorrega e perde-se, perde-se para sempre,mas nascem sempre mais, e mais, e eu não consigo parar, e' mais forte do que eu...as minhas forças,já não tenho animo para lutar! tu nao me ouves?!nao me ouves...talvez!estou a tua procura e nao te encontro.esta magoa que tenho em mim,este medo.
eu nao te quero perder, fazes parte de mim! tento caminhar mas escorrega...grito bem alto e fico ouvindo o eco, nada mais!o barulho forte do vento nas árvores assusta-me, sinto-me...já não me sinto! acabou!e' o fim e não mais te encontrarei! o meu coraçao esta a gelar!mas tu estas la,estas sempre la. vivo nas lembranças perdidas por entre os sonhos não realizados!De verdade e sem rodeios!

terça-feira, fevereiro 24

ao sabor do vento...

A palavra voa ao sabor do vento,sente o calor suave, brilha, toca no teu rosto. Tu sentes, eu sei que sentes. Grito o teu nome bem alto com esperança que ouças a minha voz. O som perde-se, não queres ouvir, nem fazes o esforço. Amo-te!Escrevo, talvez a única fonte que por entre os dedos não fugira a informação, repara em toda a perfeição da palavra. É perfeita.Para alguns única...! Escrevo-a com todo o sentimento,eu sinto-a de verdade. E tu...tu,nao queres ver,nao sentes o que eu sinto, nao ouves o que eu ouço.
O que penso nada tem a ver com o que voa dentro de ti, as lágrimas...escorreguem pelo meu rosto, de bruços no queixo...uma porção de segundos e caem tocando-me delicadamente o peito...perde-se! Cada lágrima uma mensagem, uma dor...! Não sentes o sabor da palavra. É doce, meiga, terna, bonita, apaixonante por vezes dolorosa de se sentir. Cada letra a sua perfeição, o seu sabor, a sua dor...voam sem a minha permissão por entre as lembranças do passado que não mais serão futuro!
Tem o sabor do vento...

reticencias!


Num inconsciente da noite olho, paro e resolvo observar de novo. É o desejo, a sedução, a atracção, a sintonia, a compatibilidade, é tudo. Provocas as tais borboletas, apoderas-te do meu pensamento, todo o meu pensamento. É frustrante e fantástica a forma rápida e estanha como tudo acontece, como tudo aconteceu. Olho-te na noite escura e tento encontrar-te, mas chove e o nevoeiro tratou de nos engolir aos dois e a toda a luz existente. Cada vez…o sabor de um beijo, o teu olhar, as tuas mãos…chove e sinto o salgar de uma lágrima uma nova lágrima que com o fechar do olhar cai, cai em toque suave com a face rosada, como um mimo inesperado. O encarnado dos teus lábios com o vermelho vivo dos meus, o quadro que ambos pintamos… mas agora depois de tudo, depois de todo o tempo, ambos nos unimos no abraço forte e sempre desejado que não queria mais ter fim. Olhamo-nos e sim, percebemos tudo.
Não pintamos no mesmo tom, a música já não nos envolve como da primeira vez.

calor do momento...


Cada segundo a respirar este ar que me sufoca, cada segundo a sentir-te tão perto, tão longe…
Trocavas olhares comigo e eu fiquei na inocência do momento, sem perceber. Chegas até mim, beijas-me o rosto e olhas os meus olhos de um jeito penetrante e eloquente, inesquecível, apaixonante. Era a primeira vez que vivia um acontecimento destes. Tu estavas bonito, musculado, atraente, mas o rosto, aquele rosto de criança…eu uma miúda pouco mais nova do que tu, magra, cabelos longos, olhar terno, como uma boneca. O teu olhar era forte, não resisti! Olhar-te nos olhos era impossível, o teu olhar era como uma espada de dois gumes que penetrara o meu pensamento, baixei o olhar. Como de instinto aproximaste ainda mais e a tua mão encontra-se com o meu queixo, deixas o teu toque voar com o meu cabelo, como seda. As tuas mãos deslizavam suave, como gotas de água pelo meu corpo e toda eu estava tensa, nervosa, um arrepio, beijaste-me os lábios vermelhos, ardentes.
O teu olhar, os nossos lábios, o teu jeito de ser…como eu te queria comigo!
As tuas mãos caminhavam sobre o meu pescoço, tocaram o meu peito…envolvemo-nos em toda a magia do momento.
Invadiste o meu corpo, o meu coração, o meu pensamento, a minha alma! Os teus músculos tocavam o meu corpo frágil, os teus braços fortes aconchegavam-me e enchiam-me de amor. Levaste-me ao sonho, encheste-me de magia, toda a tua vontade, toda a minha hesitação e medo, o teu sorriso, o nosso rosto húmido da transpiração, amamo-nos…fechamos os olhos e perdemo-nos no momento único de prazer, amor, união. Abraçaste-me e adormecemos.
Agora, acordo e olho-te do meu lado com jeito de ser para sempre, como se o mundo lá fora não importa-se. Dirigi-me para a janela e por entre a cortina vi-a a luz, já era tarde, o relógio marcava dez para as onze e as pessoas, o mundo lá fora, tudo estava agitado.
Beijei-te o pescoço e sem muito apreço fui de encontro ao duche. Perdi-me no som da água escaldante enquanto recordava toda a perfeição do acontecimento. Entras-te de surpresa, observaste todo o meu corpo, todas as linhas que me definem e abraçaste-me. Começaste a ensaboar-me e as tuas mãos sentiam o poder da minha pele suave, uma mistura de emoções, aromas, brisas. O barulho da água absorvera o meu pensamento e mais uma vez o teu toque, todo o ambiente sedutor, calmo, atraente, apaixonante, tudo de novo…voltamos a amar-nos. Apertaste-me contra o teu peito…uma fala doce, um gemido terno…fui só tua!
Saí. Vesti uma túnica azul simples e preparei o pequeno-almoço. Terminado, esperava-te na sala.
Voltas-te e sorriste logo para mim, era notória a tua satisfação. Sorri de volta, ambos percebemos que o momento jamais seria esquecido. Pelo menos eu…
Basta um toque para despertar de novo o desejo, tenha quem tiver guardaras sempre um canto único no meu coração.
Perco-me na escrita e realço toda a felicidade de um momento com um lápis e um papel.
Não espero do destino o que não me pode dar…
ESQUECEREI…!