sábado, dezembro 5

Coisas do meu consciente


Nem sei. Nem sei se devo acreditar ou não, é demasiado estranho, isto não me entra na cabeça, juro.
Sabes?! Eu tenho saudades tuas, do teu toque e do teu sorriso escondido, da tua barba que odeio, do teu cheiro, de ti, do teu corpo, do teu beijo, do teu olhar.
Sabes?! Não gosto disto, não gosto de estar assim.
Sabes?! Eu gosto de ti, eu ainda gosto de ti!
Digo-te longe, sinto-te longe...

puro descargo de consciência...!





Escrevo-te pela última vez hoje, ainda não o tinha feito e preciso, também já faz tempo que não o faço, desde Março se não estou em erro!

Acordo e não estas mais lá. Ainda estava lá para ti mas tu já tinhas partido, e talvez já estivesses mesmo bem longe. Foi estranho porque apesar de eu saber porquê e que não era um sonho não queria acreditar, é aquela mania de ver para crer. Corri rumo a lado nenhum com um único objectivo: encontrar-te. Estava fora de mim e já não estavas aqui.
Este dia passou, vários dias passaram, vários meses se foram com o vento. Só o tempo cura as feridas. Com o tempo estas cicatrizaram e por fim estamos prontos para uma nova experiência, um novo nascer do sol, um novo horizonte…livre.
Hoje já não corro para lado nenhum, tenho o meu porto seguro e tu sabes que tenho. Agora já não és tu que dizes que me amas antes de eu dormir, sabes que lhe escrevo muitas vezes e que as minhas palavras bonitas são para ele, sabes que parte dos meus textos são para ele e não para ti, sabes que gosto dele e sabes que gosto de falar nele, porque apesar do que me dizem eu tenho orgulho nele. Hoje sei que tudo o que fiz por ti foi inútil não totalmente mas bastante do que fiz sim e sei, ambos sabemos que não mereces nada do que te “entreguei”. Hoje sei que dizer nunca não é certo, que é uma palavra extra dicionário e hoje também sei que não vais ler isto, não e do teu interesse.
Só te escrevo para te dizer que estes tempos cheios de picos altos e baixos, que estes meses me fizeram bem, que entendi que não és único, até és bem vulgar. Não há boas nem más recordações nossas, há sim bons momentos mas já esquecidos. Resta-me uma certeza, eu gostei de ti mas já se foi, e faz tempo que se foi, deixa as chamadas de lado. Eu já queimei todos os nossos pedaços à meses, eu já afoguei todas as mágoas escondidas. Eu já me mostrei nova, renasci. Somos restos de nada, provas vivas de um acontecimento resumido a nada.
Agora sei eu, tu e o mundo que a nossa história acabou, acabou naquele dia em que falamos, naquele ultimo dia em que ouvi a tua voz. Obrigas-me a ouvi-la várias vezes mas não é daquela maneira!

Estas foram as minhas últimas palavras para ti, e só por descargo de consciência as disse! Agora estou bem comigo própria.

quinta-feira, dezembro 3

saberás?





Ninguém sabe que te escrevo, ninguém sabe, nem tu, nem tu o sabes, tens uma ideia mas não sabes porque eu nunca tu disse com certeza. Para além de mim, só ela o sabe e porque me conhece.
É difícil de aceitar certas escolhas, certos dos teus poderes sobre mim, certas opiniões tuas, mas sinceramente o pior é mesmo aceitar as tuas atitudes. Hoje é dia três de Dezembro, não sei se te lembras, eu lembrei-me. Ontem antes de adormecer perdi-me no encanto das musicas que nestas alturas (deprimentes) gosto de ouvir. É uma melodia serena, frágil, delicada e… bonita. Acalma-me os ânimos. Já era tarde e só o pequerrucho acastanhado me deu apoio. Era um quarto para a uma, já era hoje. Um cansaço medonho se apoderou do meu corpo, já desejava a minha almofada de todas as noites, sentia-me tão cansada e perdida. Vê lá, eu sentia-me perdida, tu é que estás perdido, desorientado, sem um rumo e eu é que me sinto perdida. Mas a vida é assim, as coisas, contrariamente ao desejo, nunca acontecem como tencionamos. Que inutilidade. Desfaleci junto dela, fechei os olhos e dormi…mergulhei num sonho profundo que nem o nosso.
Agora com o percorrer do dia noto que tudo está igual, tão cedo não mudará… tentarei habituar-me!
Amanhã tenho teste a matemática, tenho que dormir, por hoje basta de sentimentos sem rumo, sentimentos sem expressões…

constante mudança...sequê

Não sei. A felicidade dá voltas e voltas, uma giratoria incomudativa e dolorosa.
Nesta idade o amor nunca esta para a escola nem a família para qualquer uma delas. É uma espécie de queres isto ou aquilo ou tens isto ou aquilo, é uma espécie de jogo de consciência! Hoje aparece amanha vai-se, ou então neste momento está e no próximo larga-me...não gosto...

domingo, novembro 22

Pena minha…



O dia está cansado, de queixo caído e luz baixa!
O escuro vai apoderando-se do claro e um frio arrepiante se entranha em mim. O meu sangue quente choca com algo forte e sozinha tento encontrar respostas para tal, sinto vingança a entrar-me nas veias. Uma brisa estranha começa a rodear-me e sem qualquer entendimento com a minha mente deixo-me cair sobre a pedra gelada, levantando a cabeça para o céu, repito com palavras calmas, demoradas e aveludadas “o ciúme invadiu-me a mente”.

Olho o relógio e as horas estão longas, sinto o ponteiro esgotado reclamando com o tempo. Seguro um bilhete com o teu nome, o meu telemóvel espera-o… e nada! Seguro o bilhete cor-de-rosa com o teu nome, seguro-o impetuosamente, seguro-o tão forte que chego a sentir a tua mão abraçando a minha, tenho medo que o teu nome se escape do bilhete por entre os dedos. E este bilhete não e meu, não e teu, não é de nenhum de nós mas antes fosse meu…queria eu! Ele é como tu, livre, independente. 




Invade-me a alma este sentimento fraco e desgostoso, este sentimento seco e mal parecido, vergonhoso e indecente. Sinto-me desfalecida, este sentimento que detesto faz-me sentir ambígua, vacilante, receosa… deixa-me extasiada, dormente…! Entorpecida me sinto, descanso!

sábado, novembro 14

invasão angustiante

Será que gostas? Não sei... ou melhor, sei-o vagamente.
Nem sei! Sinto-me como se a ser questionada sobre se quero ou não, se sonho ou não, se gosto ou não, sinto-me como se a questão fosse queres uma entrada, uma saída dos teus problemas? Mas eu sei que isso é uma buraco, uma porta, uma fenda, um entrave no meu caminho, é mais um problema porque e' uma entrada/saída para lado nenhum.
Os pés descalços sobre a pedra fria, rugosa, o olhar ténue, a lágrima caía cada vez mais forte no meu rosto, parecia pedra gélida caindo sobre a minha pele suave. Rendia-me agora ao sofrimento que me perturba, sozinha.
Dou por mim a pensar em ti, dou por mim a ler o meu relógio mais de mil vezes ao dia, dou por mim a perder-me no tempo...não passa! O tempo parou, ou se não parou está tão lento e preguiçoso hoje, estará cansado?! Não sei. Será ilusão?!
Percorre-me o peito uma brisa gélida, um sufoco me rouba a voz e me prende a respiração e os olhos realçam-se, um cansaço se apodera de mim e deitada sobre a almofada recordo estados de espírito, momentos, aumento a porção de saudade.

Apetece-me aqui, deitada sobre estes lençóis adormecer. Apetece-me perder-me num sono profundo banhado em sonhos, em pensamentos fortes, ou em momentos nossos ou então cair num sono profundo em que o esquecimento se apodere da minha memoria e todo este sofrimento se vai, mas hoje não consigo sequer fechar os olhos, hoje não, e mais forte do que eu e não sai, não sai da cabeça cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo, cada momento, sei lá. Apetece-me que quando acordar tudo esteja normal e que o meu telemóvel mostre o teu nome no fundo para que um sorriso me invada o rosto, só tu consegues isto com um esforço mínimo. Apetece-me ter-te aqui!
É gostar.
É ter uma mão cheia de nada...outra de coisa nenhuma… mesmo assim...sou eu nua de preconceitos, sou eu dona do meu corpo, das minhas decisões, somos nós, eu e tu, donos da nossa felicidade...

sexta-feira, novembro 13

...

Tenho uma pergunta a fazer, mas não sei bem...

Cheirava tanto a ti hoje! Impetuosamente me questionei.
Ainda dentro, olho a janela para verificar o que ouço. Chove lá fora! Em breve vou encara-la. Trava e logo em seguida sinto-o parar! Olho a porta e esta abre-se para mim, encaro as três escadas delicadamente, confiante e firme, piso o duro chão que me olhava amargurado e por momentos pareceu fácil mas foi só uma primeira impressão pois quando o meu olhar percorre todo o percurso noto-o difícil, austero, maldito. Preciso de refrescar as ideias e prefiro seguir enfrentando aquela rua que só de olhar me tira o folgo, preciso encara-la de mãos livres, nua de obstáculos. Preciso de pensar, progredir. Preciso, precisas, precisamos repensar as nossas prioridades.

Simplesmente gostava de  saber para onde corre o vento? Sera que o mar esta calmo? Sera que consigo ver o meu reflexo? Para onde corre o vento?!

quinta-feira, novembro 12

Sei la.



Eram meramente as afáveis dez para as três…
O teu corpo junto ao meu, conseguia ate sentir o bater forte e cansado do teu coração.
Olhamo-nos, por instantes apeteceu-me dizer tudo e não conseguia dizer nada, era como se as palavras não se soltassem no ar, como se fugissem de mim e como se nada houvesse para ser dito, perdemo-nos num beijo sincero, doce, autêntico e puro, simplesmente meu, teu, talvez nosso. O teu toque macio e delicado percorria calmamente cada linha, cada traço do meu rosto, corria-me o corpo impetuosamente desejando afundar-se na oportunidade. Desciam-me o rosto, tuas mãos, ansiando o peito causando um arrepio superficial que fortemente me invadiu a alma, perdemo-nos num abraço forte e merecido. O jogo de sedução invadiu-nos o corpo deixando o louco e arrebatado desejo à flor da pele. Continuamente ansiavas descobrir cada perfeição e imperfeição do meu corpo e acariciando-me a pele suave o ias conquistando. Perdemo-nos neste jogo de resistência, loucura, sedução, prazer e amor e bruscamente os meus olhos cederam ao cansaço passadas duas horas, recostando num sono profundo e delicado, jeito de criança, sobre o teu peito. Carinhosamente me abraçaste e ambos guardamos a nossa felicidade connosco não pensando nos problemas ou no amanha mas reconhecendo que a vida e feita de momentos felizes como este mas não só…!
Harmonioso ambiente, aqui, agora escrevendo para aconchego da alma e também vitimando meu coração deste jeito sádico, cruel, bárbaro, retrato um momento feliz de… debruçando-me sobre o papel a caneta cai sobre a mesa e num suspiro meu rosto, minha alma, minha fraqueza, satisfação e insatisfação se entregam num repouso intenso, adormecendo.

domingo, novembro 1

PARA UM SEGUNDO, entrega-te... ainda te custa a perceber que somos de ambos?!

domingo, outubro 25

Flash


Hoje acordei com vontade de gritar ao mundo, com vontade de sorrir para ele e correr atrás do sonho.
Hoje acordei com vontade de seguir instintos, de saltar o muro, de perder os medos, de esquecer os outros.
Hoje desejei só ser eu e o meu desejo.
Hoje desejei sentir-me livre, vestir o meu vestido mais cómodo e correr para longe, sentir a suavidade do tecido a acomodar-se no meu corpo, deslizando sobre a minha pela macia. Queria que o vento me invadisse a alma e me deixa-se simplesmente ser eu, nua de todos os maus marcados, me deixa-se correr descalça sobre as folhas típicas de Outono, queria vestir o amarelo, o laranja, os castanhos e os vermelhos desta estação. Queria sorrir sem medos e correr atrás da brisa que no desenlace dos momentos me invadia e eu reconhecia como tua.
Sentada sobre o parapeito da janela pensava cautelosamente como um eu-tu-nós, pensava nisto como algo para além do sonho, algo muito mais fascinante do que sonho, pensei nisto transparecido para a realidade, a minha realidade.

Hoje acordei com saudade. Hoje acordei com aquela vontade interior de correr por ai, de sonhar que...,talvez!

segunda-feira, outubro 19

teus olhos...


"Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando."

Pablo Neruda

sábado, outubro 17

Agora Mesmo

"Agora Mesmo

Está gente a morrer agora mesmo em qualquer lado
Está gente a morrer e nós também

Está gente a despedir-se sem saber que para
Sempre
Este som já passou Este gesto também
Ninguém se banha duas vezes no mesmo instante
Tu próprio te despedes de ti próprio
Não és o mesmo que escreveu o verso atrás
Já estás diferente neste verso e vais com ele

Os amantes agarram-se desesperadamente
Eis como se beijam e mordem e por vezes choram
Mais do que ninguém eles sabem que estão a
[despedir-se

A Terra gira e nós também A Terra morre e nós
Também
Não é possível parar o turbilhão
Há um ciclone invisível em cada instante
Os pássaros voam sobre a própria despedida
As folhas vão-se e nós
Também
Não é vento É movimento fluir do tempo amor e morte
Agora mesmo e para todo o sempre
Amen"

Manuel Alegre, in "Chegar Aqui"

terça-feira, outubro 13

nem traço


Hoje acordei e hoje sim, reparei que o caminho que me trouxe ate ti esta a cerrar. Aquele comboio já não é o mesmo que me embalou até aqui, tem outro destino e as carruagens não são as mesmas. As pessoas que embarcam olham para mim de forma discrepante como se eu não pertencesse aquele mundo, e nao pertenço. É um destino que não calculei para a minha vida. O comboio que me trouxe mudou de rota, de rumo, de direcção, de via. Não é mais o mesmo comboio. A mala, as roupas, o meu cabelo, o meu tom de voz, os meus sonhos, o meu toque, o meu brilho no olhar… nada mudou! Só o destino…! As vezes a luz irradia os meus olhos como se tivesse objectivo de me roubar de ti ou talvez de te roubar de mim! E é mesmo assim!

domingo, outubro 11

aquele!




E sempre bom olhar pela janela e ver todos os imbecis a correr, a criticar, a falar, a meterem-se na vida dos outros. É sempre bom porque me fazem rir, são sempre tão ridículos. É assim que é e sempre vai ser...mas, há sempre um, um que se destaca por entre todos os seres ridículos como vegetais plantados no jardim, aquele que quando falamos nega ouvir a nossa voz, nega saber do nosso espírito, nega saber da nossa presença! Há sempre um!

e' estranho, nao e'?


Olho em frente, o espelho reflecte o meu rosto cansado e perturbado. O meu olhar meigamente doce e único revela todo o sentimento de angustia que atormenta a minha mente, os meus olhos brotam a lágrima que ansiavam cair e com pressa corre sobre o meu rosto uma atrás da outra lembrando duas crianças correndo sobre o campo!O meu coração aperta, dói! Neste singelo minuto uma brisa percorre o meu corpo gelando as mãos, o meu corpo parou, a minha mente parou e naquele momento somente uma imagem ficou na minha mente: o teu rosto! Não te vás embora! És especial. O sol ainda brilha lá fora sabias?!

sábado, outubro 10

minimamente... certo!

Não sei distinguir o certo do errado!
A luz que ilumina esta sala e fraca, mas permite-me uma visão geral das coisas. A minha mente tenta retratar o real mas mesmo assim eu não consigo entender, não consigo. Para mim dava para facilitar. Chega de hipocrisia, chega de cinismo, quero a minha vida de volta e só a minha vida, não a vida dos outros fixa na minha, entrelaçada, de nó feito e inquebrável.
Porque temos sempre junto da nossa, a vida dos outros?! Eu não quero. Dispenso!
Se ao menos eu pode-se fugir para bem longe, Júpiter talvez. Se houvessem varias opções…mas não. Só tenho esta, e e' assim que fico, e' assim que tenho que estar.
As vezes interrogo-me porque tem que ser assim e não de outra forma qualquer?! Porque não somos todas princesas ou príncipes?! Porque não vivemos no encantado onde tudo gira em torno de cada um de nos, onde tudo brilha e as flores encantam todos os espaços?! Sim, as flores. No meu sonho, no meu pensamento, haveriam imensas por toda a parte, tantas e de tantas qualidades, cores impressionantes… mas o perfume, nada distinguiria os perfumes de cada uma, todos os aromas misturados, uma alegria de tons, uma alegria de fragrâncias. Emoções!
Mas não, isto e mesmo só no meu sonho. Sempre que acordo, a realidade espera-me, sempre a espera que eu a enfrente, mas eu só quero a minha vida, só quero enfrentar a minha realidade… para mim é certo, para a minha realidade é sempre errado!

domingo, junho 14

apoio...'


A vida cheira muitas vezes a maresia. Tão leve como o mar, tão suave como a água, mas por vezes, somos levados por ondas, bruscas e incertas, que nos arrastam a rochas, batemos com a cabeça, e perdemos a noção do tempo, da maré, das horas, do cheiro e do sabor. Perdemos o gosto de viver. Mergulho e bato bem fundo, a areia levanta e fica uma nuvem de poeiras onde nada se distingue e a minha cabeça imagina-me sozinha. Escuto uma voz, um apoio…um búzio. Peguei-o. Peguei-o uma vez e agora esta sempre entre as minhas mãos, sabe como estou e o que sinto e apoia-me. Há sempre algo que nos ajuda a chegar à margem e nos levanta, nos dá atenção e um certo carinho para nos podermos elevar e voar. Voar de felicidade, voar de alegria, voar como uma borboleta, voar como se não existissem limites, e simplesmente voar. Sentirmo-nos em liberdade.
Apresentas uma cor clara e calma, costumo ouvir o mar quando te encosto sobre o rosto, costumo sentir-te a apoiar-me quando o faço.
Coloco a tela, preparo as tintas, amarro os pincéis e busco a minha paleta preferida. Tive um sonho, estavas lá. Interpretei que agora fazes parte da minha vida, dos meus amigos e quero-te onde guardo todos os outros.
Descrevo-te num quadro, um horizonte azul que condiz com os teus olhos, um olhar calmo e alegre, cristalino, transparente e impressionável. Pinto um leque de cores quentes de verão, tens uma personalidade forte e empreendedora, uma camélia em que brotam as suas pétalas e me recordam o teu sorriso divertido e inócuo, uma faixa branca cor de paz. Terminei-o e cada vez que o olho sinto o teu apoio.
Agora, só pretendo que sonhes, que fantasies, que devaneies, que sintas o domínio do encantado.
Deambulo pelos acontecimentos dos últimos tempos e retrato-os. O nosso sonho desvanece a cada segundo e sinto um apoio mútuo. Sinto uma base de amizade.
Lembra-te que “para quem vive a sonhar é muito mais fácil viver”.

sábado, junho 13

erro...ILUSÃO!

Lembra-te do ontem, do hoje. Falar do amanha e' demasiado subjectivo para mim. Estou aqui, sozinha não importa, estou aqui e o meu olhar percorre todas as paisagens deste lugar fascinante que me embala o pensamento ao teu encontro. Relembro agora o nosso passado, o sorriso alcançado foge agora de mim e as lágrimas divulgam-se, correm sem cansaço nas maçãs avermelhadas do meu rosto de menina. Uma brisa alcança-me o peito, um arrepio solene percorre o meu corpo e por instantes sinto-me perdida. O esvoaçar de uma borboleta renasce o meu sonho de criança, sinto-me solta, sinto-me entregue ao mar, sinto-me nua, vazia, sinto-me como o arco-íris sem o céu, ou a lua sem o sol. Estou revoltada e so me apetece gritar. Partis-te e agora anseio desmesuradamente a tua chegada.Passo o dia a olhar a porta, à noite recosto a cabeça na almofada e faço como sempre fazia: olho a cobertura branca do meu quarto, aquela tela que cobre todo o meu espaço e pinto um quadro só nosso. Cada traço do teu rosto, a expressão do meu, cada pincelada, cada olhar terno, tudo tão real. Faço-o ate que o sono me encontre e me leve para o mundo do encantado, para as histórias de princesas onde me perco e e me seduzem com a alegria.Vivo sonhos como realidades mesmo sabendo que tudo não passa de pura imaginação. Queria perturbar o teu sono delicadamente e sem que te apercebesses caísses sobre um abraço profundo que te envolve-se e toca-se o coração, queria que os meus lábios deslizassem sobre os teus e se amarrassem sem que nada os impedisse, queria olhar-te enquanto dormes e estar bem perto de ti, queria acordar-te em voz baixa e dizer-te o que realmente sinto, queria sentir-te comigo. Mais tarde relembrar-te-ei o que hoje te digo e não queres ouvir. Lembra-te, é pura ilusão. Será responsabilidade do sol? Das nuvens? Do vento? Do tempo? Será que o tempo leva as mágoas e me deixa viver? São retóricas da minha cabeça. Perguntas sem resposta. Descrevo-nos como mistério, como duas incógnitas.

sábado, abril 25

apartas-te''

APARTAS-TE EM MIM! Rasgaste-me o céu, correste por entre montes e vales, saltas-te obstáculos, lutas-te pela vitória no teu próprio jogo, entras-te no caminho da luz pronto a atingir um ponto máximo, o auge, o cume.
Sabes?! Chegas-te! Nem deste por nada e chegas-te! Apartas-te, contra tudo e todos mas apartas-te. Ficas-te! Não vás agora! Não agora que tudo começou, que tudo esta a voltar ao normal. Não agora que o esvoaçar das andorinhas nos encanta, que comecei o esboço de um ser feliz. Não agora que tenho a tela e os pincéis, as tintas e as paletas...não agora que colori, não agora que sinto a brisa no olhar e vivo um sonho feliz, não agora que voo como borboletas por entre os perfumes de duas singelas incógnitas!
Descansa-me num só segundo o olhar. Pega a tua própria mão e sobre o meu olhar cansado desliza tocando cada linha do meu rosto, pelo meu lábio faz passear o toque dos teus dedos. Melancólico intransigente perante o meu corpo singelo e o arrebatador olhar que me fascina e penetra. Enches-te a minha íris com aquelas lágrimas, sabor a sal. Que serenidade de momento que me toca. Que encaixe! Sonhos de criança, sonhos de brincadeira, sonhos de arco-íris! São contradições que me doem o coração, me fazem sangrar no olhar! Seremos somente um sonho em que repentinamente e para infelicidade minha acordaremos?!
Não o quero. És do meu subconsciente, do meu pensamento, das minhas histórias de encantar.
Sabes?! Eu sinto-me...eu sinto-te!''

segunda-feira, março 30

perdida e so'''

a vida e feita de segredos , de olhares de café, de ciências e filosofias...! na minha filosofia encontro-me eu, bailarina no meu sonho, esquecida daquele amor. perdeu-se no tempo. o momento passou.sou eu! eu! não me perdi. danço no calor da noite no teu pensamento e sinto-me com tanto de ti!por entre gestos loucos, vultos e glamour vou de encontro aquela felicidade serena. somos dois de um so! uma brisa se cruza em mim e sinto-me tao livre de ti, como uma borboleta voo e seduzo com as cores frescas e berrantes. sou diferente, de momentos parvos e criança! sou de mim! sou do encantado e do real! sou cinderela sem sapato de cristal, sou vida e cor de um lembrar feliz, sou respirar das flores, sou primavera e outono! sou eu, do encanto da luz! sou eu...
estou a sentir-te longe, muito longe! longe de mim! a minha alma esta fria!repara no meu brilho natural, no meu toque especial, no meu rosto de ceda a olhar-te... repara nesta felicidade que se encontra em mim quando estou contigo! ja passou, se me olhares verás uma pedra gelada cinzenta e sem brilho! contigo voava alto sem medo da queda! gritava! sorria! tudo, sem medo...! estavas la para mim e eu estimava-te!
sabes? o amor e' um jogo perigoso e doloroso, alegre e de sorrisos, de brilhos e de brisas frescas!
sabes? ainda sou de cartas e beijinhos, abraços e carinhos!
sabes? sim, sabes! tu conheces-me e sabes!sabes da criança que tenho em mim, do que gosto e nao gosto,sabes daquele toque de dedos que nunca esquecerei! sabes de mim, sabes-me de cor!
queria abraçar-te e nao te largar! queria perder-me num beijo! queria tocar os teus lábios!queria ser eu e tu!
mas nao somos! culpa minha?! será?! nao, nao creio...!
eu conheço-te! sei do teu cheiro! da tua voz! da tua austeridade!
ja eras tanto de mim!deitada sobre a lua e o sol nos imagino como o ceu e o mar, como a noite e o dia! a noite chega e com ela um toque gélido! o amor nao se entende por muitas palavras! para os homens o amor e' simples nao precisa de definição! para mim, nao! escrevo sobre ele e por ele me levanto, por ele me deito.com ele caminho!
errei! fui eu que errei!
deixei-me levar!
deixa...
escrevo a tua ausência, e fazes-me tanta falta! faz-me falta aquele olhar, aquele beijo, aquele abraço, aquela nossa amizade pura!
nao estas mais comigo e e' como se o mar fugi-se da areia, como se fosses na onda e eu nao fosse arrastada para ti! como se quisesse-mos pintar e o pincel nos fugisse por entre os dedos, como se nao houvesse mais a força para lutar.
acabou, e digo eu! nao espero a tua palavra! chega da ilusão! chega da fantochada! chega de jogo de marionetas!
nunca te vi capaz de tal, nao vindo de ti, nao depois de te olhar e ver o brilho nos teus olhos, nao depois do que me disses-te, nao depois do que sabias sobre mim! nao! nao aceito! depois do que sabias nao aceito!
tu nao foste capaz...! nao quero acreditar. onde estas? nao me faças isto...nao me deixes nesta angustia... nao me faças mais enterrar-me numa dor como esta. sou eu...nao a do encantado. sou eu sem a força da luz. sou eu, sem sorriso, sem brilho... sou eu...mais fraca! mas continuo a ser eu! sou eu...

domingo, março 1

paletas de cor e pinceis...um quadro pintado com o coraçao!

Esperando um novo sol nascer! É bem cedo ainda, o relógio marca cinco para as seis da manha. E eu já cá estou, encaixada neste cenário todo de tintas, cores, pincéis, tudo o que conota alegria! Mas não…! Tudo o que vejo é cinzento. O sol estaria a nascer para me ver. Não esta, já não tem essa vontade. Já não necessita de mim! Sou mais uma neste leque de perdidos!
Nesta cadeira me sento com vista para o horizonte e pinto um quadro onde só entramos nos dois, só nós dois! Cada recordação…uma pincelada forte e dolorosa, todo o quadro é questionável como toda a nossa “relação”. É misterioso! Neste alpendre, nesta cadeira, com este cheiro a ti, esta brisa fresca que corre e me traduz este amor.
Finalmente nasceu… estará a acordar para mim, para que eu o possa ver mais uma vez?! Será?! Oh, que ilusão em que vivo. Recordo-me…foram mais de 40 dias de incerteza mas amando-te daquela forma que só eu sei superava todas as discórdias!
Uma breve paragem, um passeio na praia. A areia está fria, o som das ondas invade o meu coração. Caminho…
Ao longe observo algo que de repente mexe comigo, altera-me, acelera-me a pulsação, o meu coração bate a mil, esta cada vez mais próximo. Pareces tu! Corro na tua direcção com o maior sorriso que tenho para por nos lábios, mas… tudo se perdeu! Uma miragem!
Estou tensa, em choque, tremo, transpiro, e finalmente choro…choro! Mergulho num dia frio as águas gélidas do oceano.
De volta a casa, seco-me! Um banho quente e um aprontar cuidadoso! Vou sair, sozinha!
Talvez te encontre! Suposições!
Ao anoitecer, regresso! Esta casa, este espaço sem ti nada tem a ver comigo! Já não bate o sol no alpendre para que eu me possa perder de novo nas lembranças dos nossos momentos, das nossas falas, dos nossos olhares. Acendo as luzes e retorno ao quadro continuo a pintar. Já se faz muito tarde e só me restam paletas de tinta sujas, pincéis usados, e uma tela pintada com o coração!
Entro, visto uma camisa de noite lilás, terna! Olhar esta cama onde sei que em toda a noite não estarás lá para me abraçar.
Agora aqui, deitada naquilo que era os nossos momentos mais íntimos e sós não vou dormir sobre o assunto, penso em ti! Recordo-me como se fosse hoje quando passávamos horas ao telefone e era mesmo aqui que eu estava! Penso como se ali estivesses. Tenho saudades desse tempo em que estavas sempre ali para me abraçar, da tua disponibilidade para mim! Tenho saudades da tua voz…de ti…de nós!
Estou exausta, adormeço… mas mesmo assim...!

talvez...talvez!

Ao tempo que a dor me envolve! De que me vale pegar no telefone e ligar se não atendes, se não estas lá. Não vale a pena...ou valerá?! Continuo inocente no meio desta confusão da minha cabeça! Sou prisioneira das recordações, prisioneira do passado…estou a sufocar! Estou isolada! És tão único e eu tão banal no meio de todas as tuas importâncias. Alguma vez me encontrarás no canto do teu coração por o caso, como de passagem? Estarei lá?!
Não me valem as perguntas sem resposta…! Serei assim um mundo tão a parte? Tão fácil de ignorar?
Porque não consigo fazer o mesmo?! Um dia iras tropeçar no significado da palavra e cairás sobre ela, onde a dor dessa queda será tão ou maior do que a minha! Não minto, é muito dolorosa…! Ultrapassável… talvez! O seu significado é tão verdadeiro, tão alto e sublime!
Talvez o tempo cure…talvez!

sinto...!

Se ao menos te pudesse tocar, falar…nem olhar!
A saudade sempre presente, és a ocupação preferida do meu pensamento. Quero o toque, aquele toque, daquele jeito que só tu sabes…
O olhar…aquela despedida, o último dia de união…nunca vou esquecer…aquele beijo doce em que ambos nos perdemos, aquela minha hesitação, toda a tua vontade…chegou a hora, ambos descemos as escadas rumo ao paraíso…um último olhar, aquele nosso olhar…um adeus!
Está escuro, as lágrimas são inevitáveis e toda a minha estrada está completamente molhada, a estrada que me levaria ao passado, ao presente, ao futuro, às estrelas. Encontro-me sozinha e sei de todo o mistério que te envolve, que tens dentro de ti…será erro não dizer-te o que sinto?! Tu sabes o que sinto, eu sei que sabes, sei…ambos sabemos! O que mostramos amanha, hoje e em todos os ontem’s…toda a indiferença, todo o rancor, toda a angústia, toda a incerteza…O que somos nós? Já não há um nós! O destino não mais nos quer juntar…somos um eu e um tu…acabou!
Vivo na escrita de memórias, na dor de descobertas, na alegria de momentos, vivo na esperança…vivo do passado e espero que, ironia do destino, torne o passado um presente perfeito.

Não tenho mais como expressar, como lutar, não tenho mais ânimo para falar…só a caneta e o papel alimentam o meu sonho…tudo uma mensagem, tudo para que percebas.

QUERIA SER BAILARINA DO TEU SONHO!  
Remember…you and me!