sábado, abril 25

apartas-te''

APARTAS-TE EM MIM! Rasgaste-me o céu, correste por entre montes e vales, saltas-te obstáculos, lutas-te pela vitória no teu próprio jogo, entras-te no caminho da luz pronto a atingir um ponto máximo, o auge, o cume.
Sabes?! Chegas-te! Nem deste por nada e chegas-te! Apartas-te, contra tudo e todos mas apartas-te. Ficas-te! Não vás agora! Não agora que tudo começou, que tudo esta a voltar ao normal. Não agora que o esvoaçar das andorinhas nos encanta, que comecei o esboço de um ser feliz. Não agora que tenho a tela e os pincéis, as tintas e as paletas...não agora que colori, não agora que sinto a brisa no olhar e vivo um sonho feliz, não agora que voo como borboletas por entre os perfumes de duas singelas incógnitas!
Descansa-me num só segundo o olhar. Pega a tua própria mão e sobre o meu olhar cansado desliza tocando cada linha do meu rosto, pelo meu lábio faz passear o toque dos teus dedos. Melancólico intransigente perante o meu corpo singelo e o arrebatador olhar que me fascina e penetra. Enches-te a minha íris com aquelas lágrimas, sabor a sal. Que serenidade de momento que me toca. Que encaixe! Sonhos de criança, sonhos de brincadeira, sonhos de arco-íris! São contradições que me doem o coração, me fazem sangrar no olhar! Seremos somente um sonho em que repentinamente e para infelicidade minha acordaremos?!
Não o quero. És do meu subconsciente, do meu pensamento, das minhas histórias de encantar.
Sabes?! Eu sinto-me...eu sinto-te!''