sábado, junho 13

erro...ILUSÃO!

Lembra-te do ontem, do hoje. Falar do amanha e' demasiado subjectivo para mim. Estou aqui, sozinha não importa, estou aqui e o meu olhar percorre todas as paisagens deste lugar fascinante que me embala o pensamento ao teu encontro. Relembro agora o nosso passado, o sorriso alcançado foge agora de mim e as lágrimas divulgam-se, correm sem cansaço nas maçãs avermelhadas do meu rosto de menina. Uma brisa alcança-me o peito, um arrepio solene percorre o meu corpo e por instantes sinto-me perdida. O esvoaçar de uma borboleta renasce o meu sonho de criança, sinto-me solta, sinto-me entregue ao mar, sinto-me nua, vazia, sinto-me como o arco-íris sem o céu, ou a lua sem o sol. Estou revoltada e so me apetece gritar. Partis-te e agora anseio desmesuradamente a tua chegada.Passo o dia a olhar a porta, à noite recosto a cabeça na almofada e faço como sempre fazia: olho a cobertura branca do meu quarto, aquela tela que cobre todo o meu espaço e pinto um quadro só nosso. Cada traço do teu rosto, a expressão do meu, cada pincelada, cada olhar terno, tudo tão real. Faço-o ate que o sono me encontre e me leve para o mundo do encantado, para as histórias de princesas onde me perco e e me seduzem com a alegria.Vivo sonhos como realidades mesmo sabendo que tudo não passa de pura imaginação. Queria perturbar o teu sono delicadamente e sem que te apercebesses caísses sobre um abraço profundo que te envolve-se e toca-se o coração, queria que os meus lábios deslizassem sobre os teus e se amarrassem sem que nada os impedisse, queria olhar-te enquanto dormes e estar bem perto de ti, queria acordar-te em voz baixa e dizer-te o que realmente sinto, queria sentir-te comigo. Mais tarde relembrar-te-ei o que hoje te digo e não queres ouvir. Lembra-te, é pura ilusão. Será responsabilidade do sol? Das nuvens? Do vento? Do tempo? Será que o tempo leva as mágoas e me deixa viver? São retóricas da minha cabeça. Perguntas sem resposta. Descrevo-nos como mistério, como duas incógnitas.

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