sábado, dezembro 5

puro descargo de consciência...!





Escrevo-te pela última vez hoje, ainda não o tinha feito e preciso, também já faz tempo que não o faço, desde Março se não estou em erro!

Acordo e não estas mais lá. Ainda estava lá para ti mas tu já tinhas partido, e talvez já estivesses mesmo bem longe. Foi estranho porque apesar de eu saber porquê e que não era um sonho não queria acreditar, é aquela mania de ver para crer. Corri rumo a lado nenhum com um único objectivo: encontrar-te. Estava fora de mim e já não estavas aqui.
Este dia passou, vários dias passaram, vários meses se foram com o vento. Só o tempo cura as feridas. Com o tempo estas cicatrizaram e por fim estamos prontos para uma nova experiência, um novo nascer do sol, um novo horizonte…livre.
Hoje já não corro para lado nenhum, tenho o meu porto seguro e tu sabes que tenho. Agora já não és tu que dizes que me amas antes de eu dormir, sabes que lhe escrevo muitas vezes e que as minhas palavras bonitas são para ele, sabes que parte dos meus textos são para ele e não para ti, sabes que gosto dele e sabes que gosto de falar nele, porque apesar do que me dizem eu tenho orgulho nele. Hoje sei que tudo o que fiz por ti foi inútil não totalmente mas bastante do que fiz sim e sei, ambos sabemos que não mereces nada do que te “entreguei”. Hoje sei que dizer nunca não é certo, que é uma palavra extra dicionário e hoje também sei que não vais ler isto, não e do teu interesse.
Só te escrevo para te dizer que estes tempos cheios de picos altos e baixos, que estes meses me fizeram bem, que entendi que não és único, até és bem vulgar. Não há boas nem más recordações nossas, há sim bons momentos mas já esquecidos. Resta-me uma certeza, eu gostei de ti mas já se foi, e faz tempo que se foi, deixa as chamadas de lado. Eu já queimei todos os nossos pedaços à meses, eu já afoguei todas as mágoas escondidas. Eu já me mostrei nova, renasci. Somos restos de nada, provas vivas de um acontecimento resumido a nada.
Agora sei eu, tu e o mundo que a nossa história acabou, acabou naquele dia em que falamos, naquele ultimo dia em que ouvi a tua voz. Obrigas-me a ouvi-la várias vezes mas não é daquela maneira!

Estas foram as minhas últimas palavras para ti, e só por descargo de consciência as disse! Agora estou bem comigo própria.

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